Costa,
F., Cruz, E., Viana, J. (2011). A gestão de um PLE na perspetiva de estudantes
do ensino superior. In Paulo Dias &
António Osório - Actas da VII Conferência Internacional de Tecnologias de
Informação e Comunicação na Educação, Challenges 2011. Disponível em
http://hdl.handle.net/10451/4207. Acedido 08 de dezembro de 2012
Um
estudo exploratório de caráter descritivo e interpretativo que pretende
compreender as dificuldades sentidas pelos estudantes do Ensino Superior quando
encorajados a utilizar os Ambientes Pessoais de Aprendizagem. Para a realização
deste estudo utilizou-se um questionário aplicado a um grupo de estudantes do
2º ano de Licenciatura em Ciências da Educação, da Universidade de Lisboa, após a
conclusão da Unidade Curricular em questão.
Os
autores do estudo chegaram à conclusão de que os estudantes não se sentem
preparados para esta metodologia de aprendizagem, preferindo interpelar os
professores diretamente, em vez de interagirem com os colegas e o espaço da
web. Salientando-se a grande dificuldade por parte dos estudantes no processo
de autodisciplina necessária para realizarem e participarem nas atividades
propostas, revelando, assim, dificuldades de organização pessoal, de gestão
individual do tempo e de adoção de práticas de trabalho contínuas e sistemáticas.
Este
estudo é importante e atual, pois demonstra-nos as maiores dificuldades
sentidas pelos estudantes utilizando os Ambientes Pessoais de Aprendizagem. Os
autores do estudo sugerem, nas considerações finais, estratégias para lidar com
estas dificuldades emergentes, que passam pela promoção de competências como a
autonomia e organização individual do estudante, tirando partido das
tecnologias digitais disponíveis.
Olá Nuno,
ResponderEliminarPenso que existe uma ambivalência na atitude dos estudantes, resultante dum divórcio entre o espaço académico e o espaço pessoal, que decorre dum treino de muitos anos na escola a serem balizados na sua aprendizagem e treino para testes e exames.
A autonomia, responsabilidade e auto disciplina no processo de aprendizagem têm de ser praticadas. Quando se está habituado a um contexto diretivo e em que se espera uma orientação passo a passo e, a seguir se pede autonomia e auto orientação gera-se algum desnorte. É uma outra aprendizagem que os estudantes têm de fazer.
Olá Nuno,
ResponderEliminarAo ler as anotações e comentários sobre o artigo não posso deixar de me rever em algumas das dificuldades assinaladas pelos alunos, em grande parte devido aos condicionamentos que são instituídos e que resultam da passagem pelo sistema de ensino ao longo dos anos, tal como referido pela colega Ida. O sucesso nestes ambientes pessoais de aprendizagem carece portanto de outras competências que o aluno deverá conseguir mobilizar para o seu processo de aprendizagem e que caberá ao professor estimular. Na minha opinião o desafio que agora se apresenta é o de alcançar o necessário equilíbrio entre o papel regulador cometido pelo professor e a auto-regulação da aprendizagem agora exigida aos alunos (não falo apenas no ensino superior) observando o desejável sucesso na aprendizagem.
Ora viva, Nuno Oliveira e Ida
ResponderEliminara. A recolha de dados deste estudo, por questionário, foi organizado em três blocos de questões:
a.1.Dificuldades na gestão da aprendizagem: Organização, Aprendizagem, Participação e Recursos;
a.2. Estratégias de gestão do processo de aprendizagem: Discursiva, Adaptativa, Interativa e Reflexiva;
a.3. Fatores determinantes para a concretização das atividades propostas: Intrínsecos (Motivação, Tempo despendido, Trabalho regular, Empenho, Pesquisas, etc) e Extrínsecos (Orientação e Incentivo dos Professores).
b. Constataram uma necessidade de regularidade e autodisciplina, onde preferiram a interpelação direta aos Professores, em detrimento da Interação que a internet e as funcionalidades das plataformas que escolheram.
c. Estes estudantes ao sentirem que cada um tem de assumir a organização e gestão da sua própria aprendizagem (Barrett, 2000; Attwell, 2007) entraram na região de desconforto cognitivo onde o apelo às orientações foi a consequência, que no caso da nossa doutemerg não tem tido muitas dúvidas;
d. A forma sistemática de controlo de transferência de conteúdos foi a opção identificada como mais adequada, e onde a opção de criar a própria aprendizagem era terra árida ainda por lavrar.
e. As tarefas propostas eram incentivadas se controladas, tal como nos aconteceu durante o apagão que desertou as nossas interações, pois ficamos sem controlo de conteúdo e de Professora;
f. Para estes estudantes o que os mais influenciou foram os fatores intrínsecos e não os factores extrínsecos. Isto é, o contexto e o processo de ensino (factores extrínsecos) não é tão importante para a concretização das atividades como os aspetos motivacionais e comportamentais.
g. O desenvolvimento de emoções positivas (Torrano&Gonzalez, 2004) poderá ser o incentivo para a motivação nos PLEs, o que determina que o papel do Professor é determinante no Bem Estar do Aluno.
h. Concluiram que as práticas de gestão de aprendizagem destes estudantes fora da sala de aula devem ser melhoradas de forma a tomarem consciência dos progressos e dificuldades em relação ás tarefas que tem de resolver (Ramsden, 1992).
i. Este artigo a par da experiência que temos vivido em Ambientes e Pedagogias emergentes faz-me refletir que temos entre os dedos, uma nova maneira de criar a nossa aprendizagem, mais motivada, mais autonoma, mais participada e ativa, que ao ser exigida aos alunos tem de ser exercida pelo Professor.
j. Assim, o objetivo não é a compreensão pela construção de tarefas com significado, mas sim o reconhecimento de padrões do significado (Stephen Downes, 2005), que por ser diferente deve ser vivênciada também e essencialmente pelo Professor.
k. A autonomia, responsabilidade e autodisciplina no processo de aprendizagem de auto orientação tem de ter estratégias pedagógicas, que passa pelos alunos ou pelos Professores ?
Até já
Gaspar Amaral
(13DEZ12 03H12)
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